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Como o trabalho afeta a saúde da mulher?

O trabalho dignifica homem – e ainda mais a mulher. Você já deve ter ouvido essa frase e sabe como executar uma profissão pode ser gratificante e tornar a vida mais significativa. É uma forma não só de ganhar dinheiro, mas de ocupar a mente e o corpo. Mas como tudo, cada ocupação tem suas consequências na vida das pessoas.

Já tratamos desse assunto de diferentes formas em outros artigos do nosso blog, como:

Alterações cardiometabólicas e de sono em motoristas de caminhão.

Perda Auditiva Ocupacional

Síndrome de Burnout

Cada ofício apresenta seus impactos. E mais que isso, cada organismo reage de uma forma. O corpo feminino tem as suas particularidades em relação ao masculino e apresenta diferentes oportunidades e limitações. Entendê-las é uma forma de prevenir incidentes, bem como otimizar resultados em produtividade e bem-estar das trabalhadoras.

Pensando nisso, a Unicorp separou 6 questões que estão diretamente relacionadas à saúde da mulher no trabalho. Confira:

Sobrecarga de trabalho

O excesso de tarefas pode ser prejudicial para qualquer pessoa. A produtividade exigida pode forçar a pessoa a ultrapassar os seus limites corporais e se colocar em situações de risco ergonômico. É importante, antes de tudo, que as expectativas de resultado estejam sempre dentro das capacidades físicas e mentais dos colaboradores.

Certas tarefas podem ser executadas mais rápida ou lentamente pelas mulheres, mas a regra geral é a mesma: o corpo não deve ser levado ao limite continuamente. Como resultado do esforço desproporcional repetitivo, podem surgir problemas como LER, lesões articulares em geral, muito comuns para as mulheres.

E mesmo que o trabalho ainda esteja dentro do razoável dos limites físicos, existe outro fator a ser levado em conta: ainda hoje, muitas mulheres lidam com as tarefas domésticas e familiares em maior parte ou mesmo sozinhas. Isso contribui para o excesso de esforços executados num dia.

Ergonomia

Condições ergonômicas precárias podem ser especialmente prejudiciais para as mulheres, que estão mais propensas a sofrer com tensões e entorses. Cerca de 60% dos casos de lombalgia, aliás, acontecem com pessoas do sexo feminino.

Isso pode ser explicado pela sobrecarga de trabalho e pelo excesso de tarefas já descritos no tópico anterior, como também pelas condições ergonômicas inadequadas. O uso de contínuo de salto alto, por exemplo, costuma ser um fator agravante para dores na região lombar e problemas no joelho e nas articulações do quadril, em geral.

Sim, roupas também são uma questão de ergonomia. E influenciam nesse quesito mais do que se pode imaginar. Calças apertadas como o jeans, por exemplo, podem agravar ou propiciar a infecção urinária, patologia muito comum entre mulheres. Roupas utilizadas no trabalho e uniformes devem ser confortáveis e propiciar a ventilação do corpo.

Violência, desvalorização e assédio no ambiente de trabalho

Falar da mulher no trabalho não é algo tão simples por questões históricas e culturais já conhecidas. Mas por mais polêmico que seja o assunto, certos fatores não podem ser ignorados. Questões sociais afetam completamente na saúde psicológica feminina e, a longo prazo, podem acarretar problemas até mais graves.

Abusos verbais e físicos, bem como a desvalorização do trabalho são grandes desencadeadores de problemas como estresse, ansiedade e depressão. Mulheres podem sofrer uma pressão maior para se destacar ou ter de se esforçar muito mais pelo reconhecimento em algumas empresas. Mas a violência pode ser ainda pior e assumir outras formas.

Brincadeiras e piadas constrangedoras, em ambiente público ou privado, assédios e ameaças, por incrível que pareça, ainda existem. Antes que se torne um empecilho para o bem estar e a saúde mental da mulher, é vital que ela converse, busque ajuda e, em casos graves, peça ajuda às autoridades competentes.

Cuidados na gravidez e amamentação

Durante a gestação e a amamentação, a mulher conta com alguns direitos que precisam ser conhecidos e executados, como o da mudança de função em caso de cargos que exijam muito esforço físico ou ofereçam riscos diversos à saúde e as pausas de 30 minutos concedidas por lei para amamentar. Deve ser também conhecido e respeitado o direito da mulher de se ausentar para exames e consultas médicas na gravidez, mediante apresentação de atestado médico.

Mais do que isso, cabe ao gestor ou gestora a empatia e o bom senso de entender que nesse período, mesmo que ainda não esteja na licença, a mulher pode se ausentar mais e, mesmo em serviço, produzir menos. Carregar uma criança no útero afeta todo o metabolismo e ainda é uma grande responsabilidade. A mulher deve ter mais liberdade para obedecer aos próprios instintos e vontades do corpo.

A licença maternidade também é um direito da mulher e deve ser concedido no período estipulado conforme orientação médica e não pela vontade da empresa. A dica aqui é que a mulher não tire sua licença demasiadamente tarde na gravidez, para não forçar ou correr riscos. Um profissional da ginecologia saberá a hora certa e por isso é tão importante consultá-lo.

Os ciclos e o trabalho

O ciclo menstrual afeta todo o corpo e a mente da mulher. E isso vai muito além das variações emocionais da TPM. Durante essa segunda fase do ciclo, podem ocorrer sintomas como letargia, vertigem, nervosismo e queda no sistema imunológico, dado o efeito imunossupressor da progesterona. Em cada organismo, esses efeitos se manifestam em um determinado nível e nenhum dos efeitos citados nesse tópico é generalizado. 

Outro fator que pode afetar na rotina de trabalho são as cólicas, inchaços, dores nos seios e até possíveis enjôos e diarréia durante o período menstrual. Isso pode gerar desconfortos e até afetar a produtividade em alguns casos, tanto em trabalhos físicos como intelectuais. Isso deve ser compreendido e respeitado por todos e jamais ser tratado como “frescura”.

Estudos mostram, aliás, que as habilidades de comunicação, consciência espacial e corporal melhoram nos períodos seguintes à menstruação. E, pare para pensar: se não alterasse tanto no psicológico da mulher, não se ouviria falar tanto sobre a sincronização dos ciclos entre mulheres que trabalham junto. Interessante reflexão, não é mesmo?

A idade
Existem distúrbios e patologias que afetam especialmente mulheres em idade avançada, como a osteoporose e as artrites. Somado ao esforço proveniente do trabalho, esses efeitos naturais do envelhecimento se tornam mais dolorosos ou podem lentamente se desenvolver para outros sintomas e distúrbios.

Mulheres idosas são consideradas um grupo de risco para diversas patologias, como DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) e a asma ocupacional e isso deve ser levado em conta para a saúde da colaboradora. Conforme a idade passa, é recomendada também uma diminuição gradual no esforço diário exercido.

A sociedade, de forma geral, está vivendo mais e com mais qualidade. Por conta disso, na nova lei trabalhista, a aposentadoria também é mais tardia. Mas a natural redução da acuidade física, visual e auditiva pode vir “precocemente” para alguns organismos e, tendo isso em vista, é ético que a empresa se comprometa em investir em adaptações ou se disponha a realocar a função da funcionária. 

Ao levar em conta essas e outras questões, é importante que empresas e colaboradoras estejam atentas às necessidades referentes à saúde que surjam diante de seus ofícios. Caso alguma anormalidade apareça, providências cabíveis devem ser tomadas. Além de ser uma questão ética no trabalho, prezar pela saudabilidade é a melhor forma de contribuir com um bom relacionamento, com a produtividade individual e com a saúde mental da mulher na sua atuação no mercado profissional.

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